Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

segunda-feira, 15 de março de 2010

PERSEGUIÇÃO AOS ESTUDANTES E AS REPÚBLICAS EM 1964: PRIMEIROS MOMENTOS DO GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964

PERSEGUIÇÃO AOS ESTUDANTES E AS REPÚBLICAS EM 1964: PRIMEIROS MOMENTOS DO GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964

LIVROS JUVENTUDE E MOVIMENTO ESTUDANTIL: ONTEM E HOJE (2008) E REPÚBLICAS ESTUDANTIS DE OURO PRETO: TRAJETÓRIS E IMPORTÂNCIA (2010)

O “Relatório de Crimes Contra a Segurança Nacional” de Ouro Preto – elaborado e concluído meses depois do golpe – é um documento fundamental para compreendermos a situação da época. Coordenado pelo delegado da cidade, Sebastião Lucas, a apuração de crimes contra a segurança nacional indiciou políticos, estudantes, professores, metalúrgicos e comerciários.
Dos indiciados, destacamos os seguintes:
1) Políticos: Benedito Gonçalves Xavier, Antônio Cardoso Roriz, Sebastião Francisco (Maria Preta), Julio Armando Fuertes, Kirki Geronimo e Aderilho Fernandes (todos vereadores);
2) Professores: Oswaldo Magalhães Dias e Antonio Pimenta;
3) Estudantes: Nuri Andraus Gassani, Antônio Carlos Moraes Sarmento, Eduardo Teles de Barros (Amazonas), Ney de Almeida, Wagner Geraldo da Silva, Márcio Antônio Pereira, Rômulo Freire Pessoa, José de Paula Vasconcelos, Frank Ulrich Helmuth Falkenhein, Osamu Takanohasi, Haroldo Pereira da Silva, Jacques Herskovic, Nelson Maculan Filho, Sergio Antonio Pretti Maculan e Ivan Antônio de Tássis

Das testemunhas que prestaram depoimentos acusatórios contra os indiciados circularam as seguintes categorias:
1) Comerciantes: 02
2) Professores: 01
3) Engenheiros: 01
4) Estudantes: 04
5) Ferroviários: 01

Nos relatórios selecionamos alguns trechos dos depoimentos das “testemunhas” (considerados “dedo-duros”) acerca de algumas lideranças estudantis presas e indiciadas entre abril e junho de 1964:

a) “[...] é elemento que sempre declarou ser comunista, constando em comentários, sem nenhuma prova, que teria ele um transmissor e que em certa epoca alguem da cidade teria ouvido o mesmo ([...], pelo rádio falando em linguagem que tinha a aparencia de algum codigo que não chegara a ser decifrado” (Relatório de Crimes Contra a Segurança Nacional).
b) “O depoente auxiliou varias prisões, como voluntário (...) que [...] era doutrinador comunista, constando mesmo que tinha contactos diretos com o Kremlim, em Moscou, de onde recebia instruções” (idem).

Nenhum comentário:

Postar um comentário