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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

NOTÍCIA: Trabalho de dissertação foi apresentado em congresso científico sobre as repúblicas de Ouro Preto e Coimbra

TÍTULO: PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS JUVENIS: SOCIABILIDADE UNIVERSITÁRIA NAS CIDADES HISTÓRICAS DE OURO PRETO (BRASIL) E COIMBRA (PORTUGAL)

AUTOR: EDER MALTA

EVENTO: XI CONGRESSO LUSO AFRO-BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

LINK PARA ACESSO:

http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/resources/anais/3/1308107746_ARQUIVO_Praticassocioculturaisjuvenis_sociabilidadeuniversitarianascidadeshistoricasdeOuroPreto_Brasil_eCoimbra_Portugal_.pdf

[DESTAQUE] - Investimento na manutenção de repúblicas federais com arrecadação do carnaval 2011


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Mais de 170 mil reais foram investidos nas Repúblicas Federais de Ouro Preto com a arrecadação do Carnaval 2011. O carnaval além de ser o feriado mais esperado do ano por nós universitários é também um recurso para gerar renda e custear a manutenção de nossas moradias estudantis. Em Ouro Preto você, folião ou turista, que opta por curtir o carnaval em uma república federal está ajudando também a construir a nossa história e preservar o nosso patrimônio. E em 2012 estamos juntos no "Carnaval legal é em federal".

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NOTÍCIA: [DESTAQUE] - Projetos Sociais realizados pelos estudantes em várias épocas

FONTE: http://refop.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=3&Itemid=11


Não é de hoje que os estudantes das repúblicas federais sabem da importância de desenvolver projetos sociais na cidade de Ouro Preto. O ex-aluno Otávio Luiz Machado nos disponibilizou vídeos, fotos e relatos de ações sociais realizados pelos estudantes na cidadade na década de 1990, que demonstram que podemos utilizar da nossa força de comunhão e organização para realizar atividades que tragam benefícios aos necessitados de Ouro Preto e futuramente realizar ações que possam amenizar os problemas enfrentados pelas repúblicas no convívio com a comunidade local. O que estamos realizando não é uma forma política para "compensação social" e sim retomar iniciativas que possam realmente mostrar que todos os residentes da cidade podem conviver de forma harmônica, através do diálogo e do trabalho em conjunto. Esperamos também que com essas iniciativas as repúblicas que não fazem parte da REFOP se conscientizem do papel que temos perante a população e sigam o exemplo. Confira as matérias feitas por canais de televisão e algumas fotos.

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Campanha Solidariedade Ufopiana 1996, que foi um momento rico e que até a grande crítica das repúblicas (Uma jornalista editora de um jornal da cidade fez uma pequena matéria com "honra ao mérito". Ações assim e bem divulgadas merecem ser feitas. Na época teve até matéria da então Top Cultura

VÍDEOS: 50 Anos da República Baviera de Ouro Preto

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ex-Aluno da Pureza rebate vereador politiqueiro de Ouro Preto

À CAMARA DE VEREADORES DE OURO PRETO
 
Carta Aberta

Caro Vereador Flavio Andrade: Eu li com cuidado as suas colocações e compreendo - ate certo ponto - o seu ângulo. Tenho muitos amigos em Ouro Preto, e acho que o Ouro-Pretano tem todo o direito de dormir em paz. O que não concordo é a sua maneira generalizada de fazer o seu "case", a sua "Dissertação de Cátedra", especialmente como um membro de um partido tolerante, o Partido Verde.
De seu partido não se espera uma fala ditatorial, abusiva e intransigente sobre os estudantes, "descendo-lhes o cacete" como um antigo Agente do DOPS - para depois, no finzinho, dourando a sua pílula com os adjetivos de "minoria" e "banda podres", para a proteção de seu "cano de descarga".
Eu fui - e sou - da REPUBLICA PUREZA e também fui baderneiro. Se eu dei umas "tapas no macaco" ou não, isso é minha informação privilegiada que não é de sua conta – nem de ninguém; mas sendo o senhor do Partido Verde, vamos ser mais ecológicos e apontemos que o GOLO é muito mais "químico" do que o fumo, e a maioria dos guris, o qual o senhor infere como "drogados" são meros aviadores da "Esquadrilha da Fumaça", que são tolerados ou ate aceitos em países mais liberais e de sociedades mais iluminadas. Mas não lhe respondo essa para por o assunto do fumo em pauta.
Respondo-lhe para lhe dar um histórico de sua cidade, de sua atuação "sui generis" na Historia do Brasil desde a sua incipiência como o Arraial de Ouro Podre ate os presentes dias: Ouro Preto sempre foi Rebelde. Lá foi eleito o Primeiro - e talvez único – Rei Negro do Brasil, para o desconforto dos vereadores dos partidos Portugueses da época.
Visto também como rebeldia aos "vereadores do Clero", os artesões, artistas e pintores locais, começaram a esculpir, a pintar anjos, profetas e ate Cristos mulatos. Ah, meu caro vereador: Isso era quase blasfêmia na época.
E a rebeldia de Ouro Preto, foi também em relação a não pagar o "Quinto" e começar o movimento da Inconfidência Mineira. Alem de Rebeldes os Ouro-Pretanos não mereciam a "confidencia", a confiança da Corte de Portugal.
E por aí segue a historia e única dessa cidade, a qual sempre conviveu bem com todos os que por ela foram adotados ou que a adotaram. De uma cidade que hoje é Patrimônio da Humanidade, mas não por conta de sua atuação na camara dos vereadores local. De uma cidade hospitaleira, onde seus habitantes de fé convivem com os hereges, cristãos com judeus, agnósticos com ateus, "straight" com gays, prostitutas com sacerdotes, santos com decadentes.
Como também um Centro Cultural e Estudantil mundial, Ouro Preto sempre conviveu amigavelmente e liberalmente com os estudantes.
O Grande flagelo da cidade nos anos 1930 era as constantes brigas entre Gaúchos e Paulistanos. Uma delas deu ate em morte e o Ex Presidente da Republica GETULIO VARGAS e o seu irmão, tiveram que abandonar as pressas suas Republicas em conseqüência dessa morte.
Depois veio nos anos mil novecentos e quarenta e cinqüentas Ouro Preto foi flagelada por roubos galinhas – por partes de estudantes. Já vi ate uma apostila detalhada como roubar galinhas no quintal do Cientista e Professor da Escola de Minas, o Dr. Antonio Calaes.
O roubo de galinhas do Professor Calaes tornou se um Jogo de xadrez de alto nível, com o meu venerável mestre - e sua esposa D. Célia - tomando medidas preventivas para proteger as suas penosas (luz acendendo ativadas a movimento e cercas elétricas – de baixa voltagem e com alarme) e nos, os estudantes, criando nossas contramedidas.
Na festa do Septuagésimo Terceiro aniversario da Republica Pureza, no Doze de Outubro de 2010, o PASSARINHO, Ex-Ministro de Minas do Peru, me disse, ao visitar o lindo sótão da Pureza, hoje transformado numa ampla sala de estar, disse, com aparente tristeza, que ali os "Puros" escondiam as galinhas roubadas por tres dias antes de cozinhá-las. Perguntei ao "Passarinho" (Hoje beirando os oitentas anos, acompanhada pela sua linda esposa que envelhecia graciosamente) o porquê desta espera e ele me disse que ao desaparecer galinhas em Ouro Preto, as Republicas eram sempre visadas – e vigiadas.
Sim, senhor Vereador: Fomos também reles ladrões de galinhas – e na Pureza ate Passarinho aprendeu a roubar galinha.
Indo aos anos cinqüenta, pessoas como o Senhor implicavam com as serenatas dos estudantes. Um chefe de Policia tacanho deu em cima dos estudantes, ate que o então governador Mineiro e futuro Presidente da Republica, o Dr. Jucelino Kubistchek, foi para Ouro Preto para tomar uns "golos" com os estudantes e com eles fazer seresta ate as quatro da manha.
O Chefe de Policia foi logo demitido – e de maneira análoga ao que antevejo ao seu futuro político. De nossas serestas nas escadarias das igrejas com as "turistas", nos botecos do Chicão (Junto com o entao Governador Carlos Lacerda), no antigo Pilão e Calabouço (com o Vinicius de Moraes), na Padaria do Irineu ou no Boteco do Professor, de onde saiu o João Bosco e outros artistas.
Nos anos sessenta e setenta, éramos "baderneiros" também. Éramos baderneiros porque lutamos contra a Ditadura Militar e pelo o direito do Senhor ser eleito como político, pelo voto popular. Lutamos pela liberdade de conseguimos a sua eleição pelo voto popular. E nessa luta teve sempre a atuação dos estudantes - locais e de fora – como o Jairzinho e os seus Posters do Che Guevara. Sim, senhor vereador, rebeldia em Ouro Preto não era só de parte dos "estudantes importados".
Sabe o que resultou – direta ou indiretamente - dessa "corja" militante, Senhor vereador? LIBERDADE! Também um Presidente da Republica e uma Presidente no poder; de nossa Republica saiu o Mártir Newton "Esculacho", desaparecido e seu sócio de lutas o ex-prefeito do Rio de Janeiro, o "DO CUZÃO", também conhecido por Cesar Maia. Também saiu ilustres desconhecidos, nunca devidamente apontados pela historia, o Lincoln da Republica Canaan, que foi o Diretor do nosso CAEM, o Porkov da Consulado, o Menezes da Marragolo e muitos outros.
Dessa "Banda Podre" de Estudantes, saiu escritores, cientistas, intelectuais, professores, gestores, ministros e gente que eleva as alturas o nome de nosso Brasil, MUNDO AFORA, sem apelar para a "politicagem", meu caro vereador. Dessa banda que o Senhor diria ser a "Banda Boa", saiu alguns "dedos duros" indiretamente culpados pelo desaparecimentos e perseguição de patriotas – que na época eram também chamados rebeldes e baderneiros...
Na reunião de 2010 na PUREZA, o Negro Telles, o venerável motorista da Rural da Escola e amigo da Republica, disse, com lagrimas nos olhos, que nos anos setenta que ele era forçado a dirigir o carro da escola com os gorilas dentro, para levar os estudantes da incipiente UFOP para o DOPS em Belo Horizonte. Ele queria nos pedir perdão por um crime que ele também foi vitima. Leia o meu livro vereador, e veras que nos éramos, na época, esmagados como insetos, como besouros...
Por conta da "baderna" estudantil, do não-conformismo a Ditadura, tive também que sair de minha amada Escola. Fui terminar a minha educação da Califórnia, na California State University - Long Beach onde havia (e ainda há) um bar no meio do Campus chamado Golden Nugget que nos vendia Cerveja e Vinho... Também no Campus, havia uma turma Hippie, do "Paz e Amor", uns ate da "esquadrilha" e que voavam razantes no campus e tambem militantes contra a guerra do Vietnam. Desse grupo de baderneiros, Senhor Vereador, saiu professores, escritores, um Presidente (Clinton) e vários artistas e intelectuais.
Mas voltemos a Ouro Preto. Meu caro Flavio Andrade a historia de Ouro Preto esta intimamente ligada a Cultura e Artes. Seja mais cuidadoso em como buscar a paz entre estudantes e moradores. Afinal, nos anos sessenta e setenta voces políticos foram muito lenientes ate com a turma da pesada dos Festivais de Inverno e ate com as "Casas de Ensinos Sexuais" existentes atrás da antiga Escola de Farmácia, sob o comando da Grande Mestra... Não posso mencionar esse nome, pois a Venerável Amiga, agora e um dos pilares da Tradicional Família Ouro-Pretana contemporânea, ainda é viva, eleitora local – e digo isso sem sarcasmos.
Finalmente. Meu caro aspirante a político: Quantas vezes o Senhor intercedeu junto aos baderneiros para gerar a paz? Quantas vezes o senhor visitou essas Republicas solicitando mais comedimento? Com quem o Senhor tentou contornar a situação? Qual o Diretório visitado pelo senhor? Visitou membros da Fundação Gorceix ou solicitou ajuda no Campus? Duvido.
Também saiba: Nem todas as Republicas de OP são propriedade do governo. Saiba V. Excelência que varias "Republicas" são da Fundação e muitas outras são privadas.
E o problema da baderna? Claro que há alguma baderna. Claro que muitos amigos Ouro-Pretanos estão sendo importunadas pelo "golo barulhento" e pela zorra desmedidas. Como já disse nem eu - nem os nossos guris - somos santos.
Ah mais uma coisa lhe garanto: Quase todos eles são bons. Fale com carinho com eles, seja um homem de discernimento, tenha a virtude de carinho e tome uma postura positiva em moderar e moldar essa outra Geração Rebelde, que merce do Grande Arquiteto, novamente dará a Ouro Preto, Brasil e ao mundo, um novo plantel de cientistas, escritores e artistas - e gente brilhante.
Mais carinho com ele, Excelentíssimo. Não tenha inveja de suas juventudes e suas efêmeras imortalidades. Esses santos são frágeis, Vereador. Mas ha gente através do Brasil e do mundo afora que estão atentos – dia e noite, velando por eles.
Sam de Mattos Jr
Ex Academico de Minas e Geologia
DA REPUBLICA PUREZA