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sábado, 30 de janeiro de 2010

Registros da República Aquarius

REGISTROS DA REPÚBLICA AQUARIUS


Marco Antônio Camargos de Mendonça, Tatão, Ex-aluno da república Aquarius.
*Depoimento coletado durante a Festa dos 30 anos da Aquarius, 2000.


Eu acho que para os que viveram aqui, bem como para os que vivendo é a coisa mais gostosa que tem na vida, que é a fase nossa de estudante. Nesse caso aqui de Ouro Preto em que a gente vive um social muito grande, eu me lembro que no dia da minha formatura a minha mãe enfatizou isso, que ela nunca tinha visto um sistema tão social. Eu acho que nós vamos levar isso aqui de Ouro Preto, que é uma característica geral de Ouro Preto, e específico da República Aquarius, que todo mundo falava que essa casa enorme não tem unanimidade. Eu acho que em quase nada na vida a gente tem unanimidade. Muito pouca coisa infelizmente em quase nada gostoso a gente tem unanimidade.
E vocês como profissionais e como pessoas vão levar uma grande experiência que vai fazer a maior parte diferente de um grupo. Quando a gente vai trabalhar e vê o pessoal de Ouro Preto com a idéia de social e o compromisso com o grupo é uma característica muito marcante daqui. Aproveitem isso e vamos continuar levando essa república para frente e marcando essa história de pé, que é a história de Ouro preto. Eu acho que vocês têm um compromisso muito grande. E a casa está muito bonita. Vocês aprimoraram muita coisa que a turma veio construindo nesses últimos trinta anos. E contem com a gente.


Celso Carvalho Magalhães, Jabuti, Ex-Aluno da República Aquarius
*Depoimento coletado durante a Festa do 12 de Outubro, 1998.


Eu não sei ainda o que eu vou falar, porque Ouro Preto é um negócio muito doido. São vinte anos de convivência. Tudo fica muito pequeno e vazio. Foi super bom ter estado aqui o tempo todo. As pessoas que moraram antes da gente nos espelharam. Aí você fala o seguinte: quem eu sou? Eu sou um monte de pessoas que passaram por mim. A gente não sabe o que a gente é. Os causos que contamos ficamos na dúvida se vivemos todos eles, porque nós nos misturamos de tal maneira que fica difícil avaliar. As pessoas que deram certo só foi possível porque outras deram certo. É uma coisa fantástica! Nós fomos todas essas pessoas e que gera uma confusão fantástica.


José Fernando Coura (Ex-Aluno da República Aquarius).
*Retirado dos registros da República Aquarius. Em 1976.

Não consigo falar de minha vida em Ouro Preto, devido à grande variedade de acontecimentos. Só sei que foi aqui que me tornei gente e aprendi a viver.
À Aquarius minha eterna gratidão. Saudades das curriolas e dos amigos!!!



Rafael Ayres (Ex-Aluno da Aquarius)
* Retirado do seu depoimento durante a festa de 30 anos da República Aquarius, 1999.


Eu acho que sou o ex-aluno mais antigo que se encontra aqui hoje. Passar por aqui tem uma importância muito grande na vida de cada um da gente. É um aprendizado muito grande o de dividir e compartilhar. E é uma porrada de irmãos que você faz aqui e a só percebemos isso quando saímos daqui.
É muito importante a relação que mantemos com cada um aqui dentro. Hoje ainda eu encontro os amigos que passaram por aqui e que é para mim como se fosse um irmão e não existe diferença nenhuma. Quando alguém aqui da Aquarius me telefona para pedir qualquer coisa eu estou aberto porque para mim é parente, é igual, é afim, porque passa pela mesma história, que só tem pão de manhã e um café horroroso , banho frio e uma porrada de histórias que faz com que a gente aprenda a viver . A Escola é ótima e a república é melhor ainda, porque a convivência em República em um outro lugar não tem no Brasil inteiro. É difícil ter um lugar em que se aprenda tanto . Eu quero agradecer a oportunidade de ter passado por isso aqui. E acho que o que estava sendo feito aqui é maravilhoso e é muito legal pra gente. E eu gosto de ser incomodado como “faz um convite aí” e me pentelhando. Uma hora a gente faz.
No começo da Aquarius é que não se tinha espaço para se encontrar, porque era tudo corredor. Só que através da Reitoria a gente conseguiu a primeira vez foi derrubar dois quartos e fazer uma sala. E a partir daqui tudo começou a mudar. A Aquarius começou a mudar quando, através da Reitoria, nós conseguimos derrubar aquilo ali – porque eles deram mão-de-obra e material – e conseguimos fazer aquela primeira sala. As pessoas se encontram na cozinha, que não era um lugar para bater um papo. A gente ficava perdido. E mudou muito a história.
Obrigado e é muito bom estar aqui.




Carlos Alberto Cosmo (BUIA) (Ex-Aluno da Aquarius)

Em horas como essa é muito difícil falar alguma coisa, porque a emoção toma conta da gente. O que eu tenho a dizer é que mais ou menos uns três meses atrás – quando me preparava para vir a Festa do 12 – eu começava a pensar nas pessoas que tinha convivido com a gente para agradecer. Eu acho que a forma que temos é agradecendo às pessoas que nós convivemos porque elas nos aceitaram realmente. Realmente numa comunidade como essa da Aquarius uma pessoa ajudava a outra. Às vezes não tínhamos muita convivência porque um morava na parte de cima e o outro na de baixo mas a todos participavam dessa alegria. E é só agradecimento mesmo por ter morado com esse pessoal. Obrigado a todos vocês!!!!

Joaquim Pedro de Toledo (Castor) (Ex-Aluno da República Aquarius)
* Depoimento deixado em registros da República Aquarius, Ouro Preto, 16-03-1988.


Ouro Preto , por si só, têm muitos encantos e belezas. É belo acordar e “não ver nenhuma calcinha pendurada no varal” (palavras de Silvinho). Como belo também é conviver cinco anos com esta raça , “gente boa” , que são os nativos. Belo é escutar piadas do Pita, ouvir o Bubu tocar berimbau, acordar de ressaca e ver o Momô levantando. Assim a beleza também é encontrada todo o sábado no CAEM e dançar toda noite naquela boite ao som do Santa Esmeralda. A nossa escola é fonte de eterna beleza como as notas do Délcio Reis.
Somado a tão paradisíaco cenário não podemos esquecer do clima, com as belas neblinas da Alcan ao sair de casa , almoçar no REMOP sob o rachar do sol e voltar para a república molhado de chuva.
Com tantas maravilhas não poderíamos de deixar de assinalar os momentos de chateações , como: as festas na república, as mulheres inclusive as nativas que de vez em quando ..., os campeonatos e ... e ... e... e.... ... ...
É grande a vontade de sair, pela certeza de voltar e poder de novo reviver. Ser um aquariano em seu próprio território. É isto aí!!! Não pode parar!!!



Jorge Ney Esmeraldo (Ceará, ex-aluno da Aquarius)
*Depoimento encaminhado ao Pesquisador Otávio Luiz Machado (no período de morador da República Aquarius).

(Se alguém não for citado, me perdoe, a nossa lembrança muitas vezes falha, mas a nossa amizade e estima jamais se extinguirá)
Casa de lobos e profetas – em jogos de copas do mundo.
Ovelhas desgarradas – brasileiras e gringas.
Andarilhas, sem rumo e até expulsas. Mas aqui, sempre acolhidas.
Casa de CDFs, pensadores e coçadores – pensantes.
Casa das melhores médias da Escola de Minas: São Chico, (a maior média da Escola de Minas até hoje), Zé do Coura, Binha, Clarezão , Luis Alberto, Rafael, Kika, Jabuti, Castor, Celsinho Motoqueiro, Garfinho ... Não precisa ficar puto não, que eu vou dizer: Brecha e Paulo Delano. Brecha vai dizer: é ..., das melhores voce fala, agora da rapa do tacho?!
Casa dos bondes nas madrugadas, dos carteados e ferrações desenfreadas – será que alguém já descobriu onde incide o raio “ré” incidente refletido em um espelho côncavo? Ou o C.G. das engrenagens do Bicalhão?!
Casa da criatividade e dos processos aplicativos da teoria newtoniana. Haja visto a tesoura elétrica do Gabriel no experimento realizado com o Santelmo.
Casa heterogênea, vez por outra homogênea – somente quando chacoalhada, quem não se lembra de meio violão para fora da porta da rua puxado pela polícia e meio para dentro puxado pelos aquarianos?!
Casa de prestativos. Tonho que o diga quando presenteou todo o guarda-roupa do Brecha para um pedinte andarilho. Quando o Tonho recebia a mesada, comprava um pacote de cigarros e dava uma maço para cada um de nós. Em compensação depois ... Perguntem pra ele!
Casa de excêntricos, concêntricos, retos e curvilíneos.
Casa que aceitou morar irmãos: os Bonstempos, os Aires, os Aluísios, os Brechas, os Mirtins, os Licurgos, os Joins, os Cariocas, os Andrades, os Ferreiras, os Aranhas e quem mais for Aquariano que vier por aí.

Casa das batucadas e muito japonês no samba. Jeguim certa vez tocou tanto pistom que ficou fazendo bico de pistom o baile inteiro. Pastor também diz que toca. Só sabe o hino do mengo.
Casa do Zeca, do João Tubarão, do Beijim e d Silibim, que partiram deixando saudades. Que o bom Deus os guarde em sua infinita misericórdia.
Casa da marcha mais esquisita do mundo: “Pintou” um ‘coroa frances’ e ficou uns dez dias hospedado na República. Mas era uma figuraça! O Barto até hoje pensa que “Joubert” é de outro planeta. Imagine só: Joubert que era uma careca com uns 55 anos e tinha cara de professor alienígena era quem ia na frente segurando a bandeira da República sendo seguido por toda a galera da Aquarius em fila indiana cantando o hino da França.
O desfile começou dentro de casa, saiu pelos fundos, foi pelo “Bêra-Bosta” , saiu na Casa dos Contos, subiu pela Rua Direita – isso lá pelas cinco horas da manhã. Em seguida parou num bar na Praça Tiradentes. Aí haja “cerva”. No final ninguém tinha grana. Um olhou para a cara do outro e saiu todo mundo correndo para a República. O cara que estava atendendo não agüentou a cena e ficou morrendo de rir. Depois a conta foi paga.
Casa do Bixo Mago, do Batata, do Licurgo , do Xuvisco , do Xupa-Bico , do Pingüim, do Pedrim, do Caio, do Piau, do João Nariz , do Pedro Paraguai, do Rôia , do franco-brasileiro Jean, do Beijim II, do Felipao e do Felipe, do Maurim, do Zé Carneiro, do Momô, do José do Tibagi, do Melekão , do Finim, do Antigo, do Deusdete, do Cabecinha, do Silão, do Chapa, do Gisele, do Loyola e do Anemia.
Casa das galinhas tomadas emprestadas – só enquanto eu como. Aluísio foi o maior especialista. Genim?! Nossa! Só de ouvir um barulhinho de carro, já pensava que era a Polícia.
Casa das comadres e também do Barto, adotado pelo Quinquim, Calango, Cabral, Brecha e Lourival.
Casa das toalhas de bares. Perni que o diga. No Gavetão, não sobrava uma. Todas tornaram-se bandeiras da República.
Casas de pintores e poetas. Aqui foi pintado o quadro mais demorado do mundo, o feito do Horus, que passou um ano pintando um quadro, terminava e pintava por cima novamente ... E só saía Scliar. Pintava tudo novamente ... Scliar de novo ... Ficava puto, tomava um litro de conhaque, dava martelada na porta até encher o saco de todo mundo ... Pintava tudo por cima e Scliar de novo. Encheu o saco, chamou o Scliar , ele olhou o quadro e falou: é, está bom, mas precisa melhorar. Ficou do jeito que estava.
Casa da melhor festa junina que Ouro Preto já viu: a festa começava às 20 horas e às 18 horas o Prefeito Alberto Caram , todo de paletó e gravata, já andava pra lá , lá no “Bêra”. Tinha em torno de 1.200 pessoas presentes.
Casa de busca, gurus e discípulos. Certa vez estava eu e o Brecha na porta da república, chegou uma figura , daquelas carimbadas e perguntou – com uma voz radicalmente rouca como ela só: o Romano Russo taí? Não ...
O cara estava sem camisa, só a grade e os caborés cantando dentro, dava para contar pelo menos 14 costelas. O cara pensou um pouco, coçou o suvaco e disse: Meurmão, dá para descolar uma bosta aí? Vai fundo cumpade!
Casa de sonhos, fantasias e fantasmas. Zé de Freitas sabe o resto desta história cabeluda!
Casa de políticos. É ou não é Paulo Delano? Papo chegou , parou aí e deu cria. E teatros: Jabuti já foi anjo e Pita é Show Man.
Casa freqüentada por moças bonitas e algumas: no primeiro dia feia, no segundo: é ... mais ou menos. No terceiro dia: LINDONA.
Algumas pessoas são mais belas por dentro.
Casas de discussões e brigas – a República não se transformou em duas, porque Aquarius é uma única e nova Era. Mas mesmo assim, não sobrou um vidro das janelas da copa inteiro.
Casa dos Bonstempos, do Teófilo, do Wilson, dos Botiôs, do Evaldo e também do Romano Russo.
Casa do Quinquim, Márcio Cúri, Zé do Coura, Calango, Cabral e Brecha.
Casa do Flavim das receitas médicas – passou um dia inteiro na porta de casa, com uma mesinha e um maço de folhas de ofício, receitando todo mundo que chegava. O pessoal confundia o INPS, que na época ficava ao lado da Aquarius – Casa do Buia “eu estava até dormindo”.
Casa dos Eugenios – Ferraz e Zureta – quem senta na frente só tira nove e meio, dez – “papo de peruano”.
Casa do Bronco, do Mário Cabo, do Geraldo, do Pezão e do Julião. Oh Julião! Quem quebrou a televisão?
Casa de nego bom de bola. O time dos 30 anos:
Titulares: Cajuri, Matipó (irmão do Binha) , Brecha, Pita, Zeca e Tonho.
Reservas: Jatobá, Tatão, Juninho, Piau e Luckshall.
Reservas do Infantil: Marcos Arthur, Jabuti, Miolo (joga muito esse menino), Téo (puto da vida porque queria estar no titular e foi barrado) e Nicolau na esquerda jogando sem bola. Técnicos: Mané Cachaça e Garfin.
Casa da partida única do mundo. Um ping-pong na cozinha de madrugada com botijão de gás. O seu Nicolas foi o único entre os bilhões de terrestres a assistir esse estranho jogo.
Essa casa é de água, mas principalmente dos ventos – e haja vento!
Casa do Mocó, Silvinho, Quaiada e do Jararaca testa de aço – a ema gemeu no tronco do juremá .... Casa do Bertao e do Zebu – tio do Tixico.
Casa do Pardal, Mônica, Goiano, Kadron, Magôo, Baé e Albérico da Garrucha (primo do Geraldo – Unaí).
Essa casa é do caixetão, mas também foi benta pelo Padre Mendes a pedido do Boinha. O clima na república melhorou.
Casa de trajetórias diversas: os que aqui moraram, servem hoje de exemplo para os atuais moradores. Cada um com sua busca, cada um por seu caminho, cada um em seu processo de construção e reconstrução. Em empresas públicas, privadas ou como autônomo, todos levaram e deixaram um pedacinho de seu ser para nós outros.
Minha homenagem especial às “comadres”, que tanto nos ajudaram a superar os momentos difíceis, com suas presenças simples, sinceras e singelas nas horas tristes e alegres.
Minha homenagem também aos atuais moradores e cito o Otávio – Jaka – pela idéia, dedicação, zelo, força de vontade e desprendimento com que está encarando este projeto, o qual denomino de “Resgate da Memória Humana e Solidária da República Aquarius”.
Essa casa é a “Aquarius”.
Casas de lendas, de sonhos, de cidadãos. Das lendas aos sonhos e dos sonhos à criação.
Que Deus abençoe sempre este lar.
Essa “Aquarius” que foi, é e sempre será a nossa segunda morada.
Aquariano com muito orgulho.

P.S. (Trecho retirado da fala durante o 12 de outubro de 1998): No Brasil o único lugar e cidade que pode propiciar o reencontro de quem viveu uma das fases mais bonitas da vida é Ouro Preto, que é propiciado pelas repúblicas. E a República Aquarius tem um diferencial. E o Matipó, que estava conversando com a gente lembrou algumas questões da fundação da República. Uma das coisas é que no seu início tinha o nome de Argélia, devido às pessoas que viviam nas repúblicas e não tinham repúblicas para morar – ou não eram aceitos – mas que vieram para cá quando a casa foi “invadida”. A casa acolheu desde o início as pessoas que não tinham lugar para morar. E conversando com muitos ex-alunos percebemos que aqui cada um é importante pelo que ele é. Aqui ninguém olha as procedências, as posses e o poder aquisitivo de uma pessoa. A construção de relacionamento e de amizade é construído durante os anos de convivência nessa casa. Eu me sinto extremamente feliz e orgulho de ter morado nessa casa. Eu acho que eu tenho aqui a emoção de reencontrar vários irmãos nesse momento.

Um comentário:

  1. Olha aí que coisa mais boa.
    Toda essa gente especial falando de Ouro Preto e, muito especialmente, da boa e velha Aquarius.
    Fala gente que conheci e convivi aí na melhor casa do mundo; uma grande casa de irmãos: fala Coura, Jabuti, Buia, Rafael que é primo do Bonitinho e irmão do Jorginho e fala muito longo, e mais bonito ainda, o Ceará; figuraço.
    Vivi aí em Ouro Preto e morei de beira aí na casa em 1976 e 1977. Queria ser engenheiro e não passei no vestibular. Voltei pra Goiás e virei administrador e hoje consultor.
    Nunca esqueci Ouro Preto, a República Aquarius e, muito menos, os amigos daquele tempo.
    Outro dia, escrevendo sobre minha vida citei algo sobre a gente daí que coincide com o que o Coura fala.
    Coura: “Só sei que foi aqui que me tornei gente e aprendi a viver.”
    Eu escrevi assim, citando os amigos de Ouro Preto e da Aquarius:
    Estes amigos que tive lá me ensinaram duas coisas que me marcaram e modificaram muito: solidariedade forte e amizade compromissada. Não entrei no curso de engenharia daquela escola nem continuei a morar naquela cidade. No entanto, foi lá em Ouro Preto que minha vida começou; foi lá, agora estou descobrindo, que comecei a tomar forma.
    Saudades daí, saudades dos dias que realmente fui muito feliz.
    Pessoal daí de hoje: Nunca percam este espírito solidário que aí reina.
    Augusto Barbosa Lima
    augusto.bosama@gmail.com
    bosama@brturbo.com.br

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